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Previna seu filho da obesidade infantil

Confira as novas diretrizes do Ministério da Saúde para uma alimentação saudável 

 

O Ministério da Saúde lançou, recentemente, a nova edição do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos. Direcionado aos pais, responsáveis, educadores e profissionais que atuam com nutrição infantil, o manual segue a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que os governos elaborem diretrizes nacionais sobre alimentação. 

A versão atual foi escrita em uma linguagem mais acessível e inclui tópicos que vão além dos cuidados com a comida em si. O texto aborda o conceito da refeição como um momento de experiências positivas. Também fala sobre a importância de uma alimentação infantil equilibrada e sobre os direitos relacionados à nutrição infantil. 

O guia não só aponta o caminho a ser seguido, como mostra o que se deve mudar na alimentação infantil. 

Não oferte açúcar nem produtos com a substância antes dos 2 anos

Não oferte açúcar nem produtos com a substância antes dos 2 anos

Dentre muitos tópicos interessantes, destaca-se a lista com os 12 passos para ofertar uma alimentação saudável às crianças: 

  1. Ofereça, somente, leite materno até os 6 meses e permaneça amamentando pelo menos até 2 anos de idade.
  2. A partir do sexto mês de vida, já dá para consumir alimentos in natura ou minimamente processados — mantendo o leite da mãe, claro.
  3. Quando o pequeno começar a ingerir líquidos, dê preferência para água. Caso opte por outras bebidas, lembrem que até os dois anos a criança não deve consumir açúcar.
  4. Quando for o momento de dar comida sólida, não bata no liquidificador nem peneire. Vegetais mais duros podem ser picados ou amassados com o garfo. Ao longo dos meses, utilize menos esses recursos até que a criança passe a engolir os alimentos com a mesma consistência que o resto da família.
  5. Não oferte açúcar nem produtos com a substância antes dos 2 anos.
  6. Também não disponibilize ultraprocessados (achocolatados, biscoitos recheados, salgadinhos, macarrão instantâneo) para os menores de 2 anos.
  7. Prepare os mesmos pratos para toda a família. Essa é uma forma de melhorar a saúde da casa inteira.
  8. A refeição precisa ser um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família. O ideal é todos comerem juntos. Caso não seja possível em todas as refeições, elejam uma refeição para ser feita com a família e à mesa.
  9. Dê atenção para a criança e converse com ela à mesa. Estimule-a a comer, mas sem forçar.
  10. Cuide da higiene em todas as etapas: lave as mãos antes e depois de preparar e dar as refeições, limpe as frutas e verduras, cozinhe as carnes até não sobrar partes cruas e guarde o que sobrar na geladeira.
  11. Quando estiver fora de casa, mantenha uma alimentação adequada e nutritiva.
  12. Proteja as crianças da publicidade de alimentos inadequados, que estão presentes em televisão, internet, jogos eletrônicos e mesmo no mercado. 
Incentive o consumo de verduras, frutas e legumes

Incentive o consumo de verduras, frutas e legumes

 

As recomendações e informações sobre alimentação de crianças nos dois primeiros anos de vida tem o objetivo de promover saúde, crescimento e desenvolvimento. Além de apoiar a família no cuidado cotidiano, o documento é um instrumento orientador de políticas, programas e ações que visem apoiar, proteger e promover a saúde e a segurança alimentar e nutricional das crianças brasileiras. 

 

A alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, especialmente nos primeiros anos, que são decisivos para o crescimento, para a formação de hábitos e para a manutenção da saúde. 

 

Além dos casos de desnutrição, a cada ano, aumenta a parcela da população infantil que já apresenta excesso de peso (sobrepeso e obesidade) devido a intensas mudanças nas práticas alimentares e no modo de vida da sociedade. Assim, a ideia do Guia é alertar sobre esses problemas e incentivar a alimentação saudável. Inclusive porque luta-se, hoje, contra a existência de ambientes que favorecem o consumo de alimentos não ideais como: o aumento na oferta de ultraprocessados e a falta de tempo da família para preparo das refeições.  

 

I Seminário Distrital de Promoção da alimentação adequada e saudável nas Escolas que aconteceu, recentemente, em Brasília, abordou os pontos da nova edição do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, além de outras questões superimportantes. A diretora da nossa escola compôs a mesa no evento e pôde repassar as informações debatidas. Os dados sobre a obesidade infantil no Brasil são preocupantes e por isso, a Campanha Nacional de Prevenção da Obesidade Infantil merece o destaque. Pesquisas mostraram que 3 em casa 10 crianças (entre 5 e 9 anos), atendidas no SUS, estão acima do peso. São 4,4 milhões de crianças nessas condições. No Distrito Federal, 10,6% das crianças menores de 5 anos têm excesso de peso. 

 

No Seminário, além de pesquisas e dados, o foco também foi demonstrar a repercussão da obesidade infantil, ou seja, as doenças que podem ser originadas a partir dessa situação, como por exemplo, a diabetes, hipertensão, distúrbios psicológicos, complicações gastrointestinais, doenças cardiovasculares, etc. Dessa maneira, a prevenção foi a forma encontrada para buscar a mudança dessa realidade. Isso implica em monitorar o peso, reduzir o consumo de ultraprocessados, promover a alimentação saudável e atividade física nas escolas e diminuir o tempo de utilização de telas, como tablet e celulares. 

 

roteja as crianças da publicidade de alimentos inadequados, que estão presentes em televisão, internet, jogos eletrônicos e mesmo no mercado

Proteja as crianças da publicidade de alimentos inadequados, que estão presentes em televisão, internet, jogos eletrônicos e mesmo no mercado

Uma alimentação adequada e saudável deve ser feita com “comida de verdade”, como frutas, legumes, verduras, feijão, milho, carnes, ovos, entre outros. Sua base deverá ter alimentos in natura ou minimamente processados. Os alimentos industrialmente processados, como enlatados, queijos e conservas, devem ser limitados e, se forem consumidos, utilizados em pequenas quantidades. Já os alimentos ultraprocessados, como biscoitos, bolachas, sucos artificiais, refrigerantes, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo e guloseimas não devem fazer parte da alimentação da criança. 

Em suma, a alimentação equilibrada em família faz toda a diferença para a criança, visto que o adulto que se alimenta bem, provocará, através do seu exemplo, bons hábitos alimentares. A dica de ouro é descascar muito mais do que desembalar.  

 

Ofereça alimentos naturais

Ofereça alimentos naturais

 

Fontes: Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos – Ministério da Saúde e I Seminário Distrital de Promoção da alimentação adequada e saudável nas Escolas (2019) 

Campanha Matrículas