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Porque a educação financeira para crianças é importante?

A educação financeira pode ser uma grande ferramenta que, se aplicada desde cedo, pode construir as bases de uma equilibrada relação com o dinheiro na vida adulta. Até mesmo porque, vivemos em um país onde o hábito de educação financeira não faz parte da realidade de seus habitantes. Somado a isso, temos a forma de como os pais se posicionam em relação ao assunto para com a criança e a mídia que aproveita da vulnerabilidade da criança visando a formação de novos consumistas. 

A educação financeira não é um conjunto de ferramentas de cálculo, é uma leitura de realidade, de planejamento de vida, de prevenção e de realização individual e coletiva. Muitos pais ainda acreditam que dinheiro não é assunto de criança. Que elas devem se preocupar com os estudos, e que estes, as farão adultos bem sucedidos com um bom emprego. De fato, os estudos são importantes no desenvolvimento de uma carreira profissional, todaviaaprender sobre organização financeira com certeza acrescentará conhecimento para que haja sucesso na formação acadêmica e na vida como um todo. A educação financeira não significa ensinar seu filho a economizar, mas sim aprender corretamente o manejo do dinheiro em busca de uma vida melhor. Nesse sentido, ao ensinar uma criança a lidar com dinheiro desde pequena, quando adulta terá maiores chances de aprender a administrar o seu salário, a sua vida.

Quando as crianças têm a oportunidade de ter ensinamentos relacionados às finanças, muitadificuldades poderão ser evitadas no futuro. Quando adultas, elas conseguirão organizar melhor seu controle de gastos, evitando problemas de endividamento. Isso sem falar que os pequenos se tornarão mais independentes — e essa autonomia fará contribuirá no alcance de uma vida com mais qualidade. Então, que tal investir nessa ideia?  

DICAS DE COMO INTRODUZIR A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA INFÂNCIA 

  1. MESADA  

Tente despertar a curiosidade dos pequenos pelo dinheiro! Deixe que lidem com isso de um jeito independente. Afinal, só falar que não dá pra comprar algo que querem, por exemplo, pode não ser a melhor maneira deles entenderem. E nada melhor do que aprender na prática, não é mesmo? Quando os filhos têm uma quantia semanal ou mensal, começam a entender a importância de: guardar dinheiro, analisar bastante antes de gastar e mais do que isso, saber gastar de forma consciente.  

Isso tudo é coisa que as crianças vão ouvir muito na família ao longo da vida. Com essas preocupações em mente, elas conseguem entender de um jeitinho fácil (e até mais lúdico) o que é poupar, comparar preços, administrar e até investir o dinheiro. 

Importante desenvolver nas crianças a ideia de que devemos gastar com o que realmente iremos utilizar e que algo é realmente caro quando compramos e não usamos. Dessa maneira, será possível ensinar que, quando a criança deseja um brinquedo com valor muito além da sua mesada, explique que valerá a pena poupar esse dinheiro por alguns meses até conseguir comprá-loAfinal, ele poderá brincar por muito tempo com o brinquedo.

O contrário também se encaixa nesse exemplo, não é legal comprar brinquedos com valores menores, só porque “foi o que deu”. Existe a chance bem grande de, em poucos dias, aqueles brinquedos só ocuparem espaço no armário. Ou seja, a criança não queria muito aquele item, “comprou por comprar”, por impulso de gastar. Não houve uma real necessidade e muito menos a análise do gasto consciente. Concordam que caro mesmo é o que compramos e não teve utilidade? 

  • INCLUA AS CRIANÇAS NO PROCESSO DE PAGAMENTO DAS CONTAS 

Precisa pagar alguma conta? Leve a criançada ao caixa eletrônico mais próximo (ou chame para acompanhar o pagamento pela internet banking) e explique o funcionamento do processo. Fale que precisa ter a quantia suficiente na conta e que não pode deixar passar a data de vencimento por causa dos juros. Sim, explique os que são juros e que eles funcionam como uma “penalidade” para o atraso no pagamento. 

Vocês podem fazer uma planilha ou criar um quadro bem visível com as datas de pagamento de cada conta da casa. Esse é um jeito de incluir os pequenos nas responsabilidades domésticas econsequentemente, toda a família se beneficiará da prática. Até os adultos estarão mais atentos aos gastos desnecessários. Será uma boa forma da família criar hábitos financeiros saudáveis. 

  • COFRINHOS JUNTOS 

O cartão de crédito salva muita gente de apertos, mas pode ser um grande vilão das finanças. Pra começar, então, é ideal explicar aos pequenos que ele é um recurso a ser usado só nas emergências, ou de forma bem consciente, quando há o interesse de acumular as milhas do cartão, pagando o total da fatura todo mês.  

Antes de sair parcelando as compras e jogando os gastos para o próximo mês, ensine que é importante juntar dinheiro. Pra isso, montar um cofrinho da família é excelente! 

Deixe o cofre em um lugar visível da casa e incentive que todo mundo poupe um pouquinho pra colocar ali. Dê preferência para que esse valor seja gasto em família, como por exemplo uma viagem nas férias escolares. Ou até um lanche diferente no final de semana.

Ah! Se decidir dar mesada para os filhos, aí vai mais uma boa ideia: fale para eles guardarem uma parte da quantia que ganham, no cofre. Assim, os pequenos poderão entender melhor que vale a pena fazer um esforço coletivo pra terem sempre dinheiro disponível. 

  • GLOSSÁRIO FINANCEIRO LÚDICO 

Alguns termos são bem difíceis, não é mesmo? Para mente infantil, eles podem parecer um “bicho de sete cabeças” — débito, juros, crédito, saque etc. Mas dá pra reverter ao levar tudo isso para o mundinho deles. 

Um glossário com uma explicação breve, lúdica (com muitos desenhos) e didática é um bom começo. Sempre que quiserem consultar alguma palavra, os pequenos vão ter esse material que vocês fizeram juntos sobre finanças pessoais à disposição.  

  • BRINCADEIRAS SOBRE EDUCAÇÃO FINANCEIRA 

Já ouviu falar em gamificação? Essa palavra pode parecer difícil, porém é bem simples. A ideia é pegar os elementos dos jogos e usar em outras situações. Personagens, participantes, equipes, pontuações, placares e por aí vai. Uma boa dica é aproveitar esses recursos que o público infantil tanto ama pra ensinar. Aliás, aqui na escola, temos aproveitado bastante essa ideia. O cenário é a casa, os personagens são as crianças e a missão é se programar para a viagem de férias ou para a construção de algum imóvel, por exemplo.  

Monte algum jogo em família, estabeleçam o período do jogo e o tempo que durará. Depois disso, estipule as fases para chegar ao prêmio. Não esqueça de montar um quadro com as pontuações. Algumas podem ser: 

  • Economizar dinheiro; 
  • Apagar todas as luzes e equipamentos quando não estiver usando pra abaixar o preço da conta de luz; 
  • Pesquisar juntos e fazer as contas de todos os gastos com a viagem, como hospedagem, combustível, passagens, comida etc.; 
  • Aplicar as economias em um ativo inventado pela família e fazer as contas de quanto o dinheiro vai render; 
  • Ganhar uma renda extra pra montar uma reserva de emergência. 

No meio dessa brincadeira, aproveite pra introduzir os termos que aprenderam juntos, com o glossário. Explique tudo de um jeito que a criança consiga associar bem até mesmo aqueles conceitos difíceis, como investimentos ou juros. 

Aprendizados lúdico não faltam

Sabe outra brincadeira legal pra ensinar educação financeira infantil? Supermercado! Improvise um caixa e algumas notas ou moedas para pagar as contas. Isso é bom pra que seus filhos entendam que cada produto tem um valor. Aos poucos os pequenos terão mais consciência sobre os gastos.

Mercadinho para as crianças brincarem - Escola Casa de Brinquedos

Mercadinho para as crianças brincarem – Escola Casa de Brinquedos

Mercadinho ECB

 

Por fim, para as crianças de uma faixa etária maior, pesquise jogos de tabuleiro que envolvam gastos, dinheiro e estratégias. Isso ajudará bastante no desenvolvimento das crianças, além de ser um bom exercício prático para a educação financeira. Alguns exemplos: 

  1. MONOPOLY OU BANCO IMOBILIÁRIO 
  2. JOGO DA MESADA 
  3. ADMINISTRANDO O SEU DINHEIRO 
  4. CASH-FLOW 

 

  • LEITURAS LÚDICAS E DIVERTIDAS 

É bom demais poder unir dois benefícios de uma vez só, não é mesmo? Dá pra fazer isso ao incentivar a leitura de alguns materiais sobre finanças específicos do público infantil. Além de adquirirem o hábito de ler, os pequenos podem aprender bastante. 

Seguem algumas sugestões de obras interessantes: 

  • O pé de meia mágico (Álvaro Modernell); 
  • Como se fosse dinheiro (Ruth Rocha); 
  • As sementes da riqueza (Angélica Rodrigues Santos e Rogério Olegário do Carmo); 
  • Dinheiro, Dinheirim — Moeda no Cofrim (Itamar Rabelo, Mauro Nogueira e Victor José Hohl); 
  • Almanaque Maluquinho — Pra que dinheiro? (Ziraldo). 
  • Como cuidar do seu dinheiro – Turma da Mônica (Maurício de Souza e Thiago Nigrohttps://bityli.com/0LScT

O último livro indicado é um best-sellers do Mauricio de Sousa e Thiago Nigro, o Primo Rico. Eles se uniram para uma grande empreitada: ensinar aos pequenos como lidar com dinheiro. O que significa ter dinheiro? Para que serve? Como alguém consegue ganhar dinheiro? Dá para comprar uma mesma coisa gastando menos? Em Como cuidar do seu dinheiro, Thiago ensina para a turminha como o dinheiro é importante não só para comprar brinquedos, roupas e comida, mas também para realizar grandes sonhos  

Se a criança ainda não sabe ler, isso não significa que ela deve ficar de fora, viu? Dá pra passar momentos bem agradáveis em família ao contar histórias e potencializar o aprendizado. 

ERROS COMUNS QUE PREJUDICAM A CRIANÇA 

Não precisa ser especialista em finanças pra colocar a educação financeira infantil em prática. Mas fique de olho pra não cair nestes erros: 

  • Não recompense estudos e boas notas com mesada, por exemplo. A criança precisa entender que existem obrigações e responsabilidades que deve cumprir, independente de recompensas; 
  • Não complete o dinheiro que falta pra comprar algo mais caro, pois ela precisa entender que esse recurso é limitado e muitas vezes leva tempo para realizar algumas aquisições; 
  • Dê exemplo de uma boa organização financeira. Exemplos negativos como, estourar o limite do cartão, não fazer uma reserva de emergência, gastar sem planejamento etc, podem frustrar os ensinamentos teóricos que a crianças recebeu. 

QUANDO COMEÇAR A EDUCAÇÃO FINANCEIRA 

A educação financeira infantil não tem uma idade certa. Quanto antes você puder introduzir o tema na vida dos pequenos, melhor pra que eles se interessem pelo assunto. As dicas descritas aqui são bem simples de adotar e vão fazer toda a diferença na vida adulta das crianças. Se você ainda se sente inseguro de ensinar sobre esse assunto, pois precisa colocar em prática algumas questões importantes sobre finanças, aproveite, essa é a sua chance de aprender e ensinar ao mesmo tempo. Construa hábitos juntos, em família. Com certeza isso fará muito bem a todos, afinal, uma vida financeira tranquila, trará mais segurança para a família. Pense e coloque em prática.  

Atividade para trabalhar “unidade e dezena”

EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA ESCOLA

A escola é um ambiente onde os estudantes aprendem não somente os conhecimentos cognitivos, mas também o que lhes proporciona capacidade de administrar sua vida em sociedade, onde possam aprender a fazer escolhas e a sonhar, mas também a descobrir formas de realização desses caminhos que foram traçados. A educação financeira é entendida como um tema transversal, que dialoga com as diversas disciplinas e, ao se desenvolver em sala de aula, possibilita ao estudante compreender que seus sonhos podem se tornar realidade. 

Na escola Casa de Brinquedos, fazemos questão de trabalhar com conteúdos interdisciplinares. Seja na aula de matemática, ciências ou games, será possível ensinar sobre educação financeira. Na aula maker, por exemplo, exploramos alguns temas e incentivamos a criatividade dos alunos com a utilização de materiais recicláveis os custos dos itens utilizados. Ou seja, os assuntos da grade curricular são abordados em conjunto com outros temas como atualidades, economia e finanças.  

nossa proposta é oferecer ao aluno informações e orientações que favoreçam a construção de um pensamento financeiro consistente e o desenvolvimento de comportamentos autônomos e saudáveis. Tanto o modelo pedagógico quanto os conteúdos financeiros possibilitam ao aluno se colocar como protagonista de sua história de vida, dando a ele condições de planejar e fazer acontecer o futuro que deseja para si, em conexão com o grupo familiar e social a que pertence. Assim, faz todo sentido ser trabalhado desde os anos iniciais da vida escolar, afinal, é neste espaço onde damos os primeiros passos para a construção de nosso projeto de vida. 

Circuito de matemática

Campanha Matrículas